A sede da Câmara de Comércio de Moçambique foi palco de uma revelação significativa para o setor agrícola do país: um estudo de mercado abrangente, realizado pela Promove Comércio, destacou o potencial de Moçambique no competitivo mercado de amêndoas e oleaginosas da União Europeia. Este evento, que reuniu empresários, jornalistas e especialistas em comércio externo, marcou um momento crucial para o futuro das exportações agrícolas moçambicanas.
O estudo detalhou a produção e o comércio global de oleaginosas, incluindo nozes e amêndoas, com um enfoque especial na posição de Moçambique como um exportador emergente. Com dados que indicavam uma produção global de 56.088 mil toneladas em 2022, o relatório destacou a crescente demanda por produtos saudáveis e naturais nos mercados europeus. A análise abordou especificamente nozes de árvore e amêndoas, com África, e particularmente Moçambique, identificados como regiões chave na produção de castanha de cajú.
O estudo também apontou para um mercado europeu em expansão, onde a demanda por nozes comestíveis tem crescido devido à conscientização sobre os benefícios para a saúde e a popularidade de produtos inovadores. O valor de mercado das nozes comestíveis na UE foi avaliado em 13.183 milhões de euros em 2022, com expectativas de crescimento contínuo.
Além de fornecer uma visão geral do mercado global, o relatório detalhou as tendências específicas da UE, identificando os principais mercados importadores, como Alemanha, França, Itália e Espanha. Foi revelado que, apesar dos desafios trazidos pela pandemia de COVID-19, a demanda por oleaginosas tem se recuperado e até mesmo acelerado em algumas regiões, com um foco renovado em opções alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
O estudo evidenciou as oportunidades emergentes para Moçambique, destacando a castanha de cajú como um produto particularmente promissor.
Devido às suas propriedades nutritivas e versatilidade, a castanha de cajú-moçambicana pode desempenhar um papel significativo no abastecimento desse mercado crescente. O relatório também enfatizou a importância das relações comerciais fortalecidas através do Acordo de Parceria Econômica UE-SADC, abrindo caminho para um acesso mais fácil e favorável ao mercado europeu para os exportadores moçambicanos.
Durante o evento, especialistas discutiram as tendências atuais e futuras do mercado de oleaginosas na UE, abordando temas como inovações em produtos, mudanças nos hábitos alimentares e a crescente demanda por alternativas saudáveis. A discussão também se concentrou nos desafios enfrentados por Moçambique, incluindo a necessidade de melhorar as práticas agrícolas e pós-colheita e a importância de fortalecer a cadeia de valor do país para garantir a qualidade e a competitividade dos produtos no mercado internacional.
Além disso, o evento destacou a relevância de iniciativas como o programa Promove Comércio, que apoia o comércio e o desenvolvimento em Moçambique. Esse programa tem desempenhado um papel fundamental na promoção das exportações moçambicanas, oferecendo suporte técnico, formação e sensibilização sobre as vantagens do Acordo de Parceria Econômica com a UE.
O estudo abre um leque de oportunidades para o país no mercado europeu de oleaginosas. Com a demanda europeia por produtos saudáveis e naturais em ascensão, Moçambique está bem-posicionado para se tornar um fornecedor chave de nozes e oleaginosas, aproveitando seu potencial agrícola e as vantagens oferecidas pelo acordo UE-SA-DC. A sessão foi um marco importante, sinalizando um futuro promissor para as exportações agrícolas moçambicanas e estabelecendo um caminho para o crescimento e a sustentabilidade no setor.
EMPRESÁRIOS MOÇAMBICANOS ANTE NOVAS OPORTUNIDADES NO MERCADO EUROPEU DE OLEAGINOSAS
Um estudo de mercado recentemente apresentado na Câmara de Comércio de Moçambique, sob a égide da Promove Comércio, abriu um novo capítulo para os empresários moçambicanos no mercado de oleaginosas da União Europeia. Este estudo, que analisou as tendências e oportunidades no mercado de nozes e sementes, destacou a crescente demanda europeia por produtos como castanhas de caju, amendoins e macadâmias, e o potencial de Moçambique em atender a essa demanda.
O relatório mostrou um panorama encorajador: apesar dos desafios impostos pela pandemia de COVID-19, o mercado de oleaginosas na UE está em franca recuperação. O estudo enfatizou que a mudança dos hábitos alimentares na Europa, com um enfoque crescente em opções saudáveis e sustentáveis, está abrindo novas avenidas para os exportadores moçambicanos. Em particular, a castanha de caju processada de Moçambique apresenta-se como uma alternativa com menor emissão de carbono, alinhada com as crescentes preocupações ambientais.
Durante o evento, foi discutido como Moçambique, com suas vastas terras agrícolas e condições climáticas favoráveis, pode se tornar um fornecedor chave no mercado europeu. Com 16% de suas terras adequadas para agricultura, Moçambique tem um potencial considerável para aumentar sua participação nas exportações agrícolas, especialmente para o mercado da UE.
O estudo também destacou a importância do Acordo de Parceria Econômica UE-SADC, que oferece a Moçambique um acesso mais fácil e vantajoso ao mercado europeu. Especialistas presentes no evento enfatizaram que, para capitalizar plenamente essas oportunidades, os empresários moçambicanos precisam focar-se na melhoria da qualidade de seus produtos, adotar práticas agrícolas sustentáveis e garantir o cumprimento dos rigorosos padrões de segurança alimentar e rastreabilidade exigidos pelo mercado europeu.
Além disso, o relatório apontou para a necessidade de Moçambique estabelecer uma marca forte no mercado europeu. Isso envolve não apenas garantir a qualidade e a consistência dos produtos, mas também construir relações de confiança com os compradores e investir em marketing para promover as oleaginosas moçambicanas como opções saudáveis, sustentáveis e de alta qualidade.
O evento também serviu como uma plataforma para discussões sobre como superar os desafios logísticos e de infraestrutura que podem impedir o acesso eficiente ao mercado europeu.
Foi enfatizada a importância de investir em cadeias de fornecimento robustas e eficientes que possam facilitar o transporte rápido e seguro dos produtos de Moçambique para os mercados da UE.
O estudo apresentado na Câmara de Comércio de Moçambique é um marco significativo para o sector agrícola do país. Ele não apenas sublinha as oportunidades emergentes no mercado europeu de oleaginosas, mas também fornece um roteiro claro para os empresários moçambicanos aproveitarem ao máximo essas oportunidades.
Com a demanda europeia por opções alimentares saudáveis e naturais em ascensão, Moçambique está bem-posicionado para se tornar um fornecedor chave, capitalizando sobre seu potencial agrícola e as vantagens oferecidas pelo acordo UE-SADC. A apresentação do estudo foi um momento definidor, apontando para um futuro promissor para as exportações agrícolas moçambicanas e estabelecendo um caminho para o crescimento e a sustentabilidade no setor.
DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA EXPORTADORES MOÇAMBICANOS NO MERCADO EUROPEU DE AMÊNDOAS E OLEAGINOSAS
O sector agrícola de Moçambique enfrenta desafios significativos no caminho para estabelecer uma presença robusta no mercado europeu de oleaginosas, conforme destacado em um estudo de mercado apresentado na Câmara de Comércio de Moçambique.
O relatório, uma iniciativa da Promove Comércio, ofereceu uma visão abrangente dos obstáculos e das estratégias necessárias para superá-los, delineando um futuro promissor para os exportadores moçambicanos no mercado da UE.
O estudo apontou para o impacto das mudanças climáticas como um desafio iminente, afetando as principais culturas da cadeia de valor em Moçambique. A necessidade de diversificação para culturas de rendimento, como as oleaginosas, foi enfatizada como uma resposta estratégica vital. Outros desafios destacados incluem a gestão de pequenas áreas de produção, com agricultores trabalhando em parcelas remotas e muitas vezes dependentes de intermediários, o que pode impactar a qualidade e a eficiência da produção.
Um foco particular foi dado à produção de castanha de cajú que enfrenta desafios de qualidade devido a árvores envelhecidas e à falta de tratamento fitossanitário adequado. O relatório salientou a importância de substituir árvores antigas por novas mudas e de implementar práticas eficazes de manejo integrado de pragas e doenças.
Além disso, o estudo revelou que práticas pós-colheita inadequadas estavam a aumentar o risco de contaminação e intercepções nas fronteiras da UE, especialmente devido aos níveis de aflatoxinas e resíduos de pesticidas. Como resposta, recomendou-se um controle rigoroso de pesticidas e a implementação de práticas pós-colheita e de higiene aprimoradas.
Outro aspecto crucial identificado foi a necessidade de melhorar a competitividade da indústria de castanha de cajú de Moçambique. Isso inclui atualizações tecnológicas nas fábricas de processamento, especialização dos trabalhadores e uma melhor organização da indústria para aumentar a eficiência e a qualidade do produto.
O estudo também destacou a complexidade da cadeia de valor das oleaginosas em Moçambique, com muitos intermediários envolvidos, o que muitas vezes resulta em preços baixos para os pequenos produtores. Para enfrentar esse desafio, foi sugeridas uma maior transparência na cadeia de fornecimento e a implementação de sistemas claros de rastreabilidade.
Em resposta a esses desafios, o relatório forneceu uma série de recomendações práticas. Isso incluiu treinamentos sobre boas práticas pós-colheita e higiene, a importância da segurança alimentar e dos padrões de qualidade, e a necessidade de embalagens higiênicas e armazenamento adequado. O relatório também aconselhou a diversificação do cultivo, processamento e segmentos para melhor alinhar as oleaginosas com a demanda e as preferências dos consumidores da UE.
O evento na Câmara de Comércio serviu como uma plataforma para destacar a importância de abordar proactivamente esses desafios para maximizar as oportunidades de negócio com a UE.
A apresentação do estudo foi um passo fundamental para sensibilizar sobre as questões críticas enfrentadas pelos exportadores moçambicanos e fornecer um roteiro claro para o sucesso no mercado europeu.
O estudo apresentado na Câmara de Comércio de Moçambique ofereceu uma perspectiva valiosa sobre os desafios e estratégias para os exportadores moçambicanos no mercado europeu de oleaginosas. Com uma abordagem focada na melhoria da qualidade, na adesão a padrões internacionais e na transparência da cadeia de valor, Moçambique está bem-posicionado para superar esses obstáculos e se estabelecer como um fornecedor chave no mercado da UE.